Uma pergunta
Aproxima-se um qualquer fim.
Silenciosos os violinos que libertavam os acordes da verdade.
Ouve-se apenas, demasiado perto,
o eco do último sopro,
o extertor do sono,
o expirar do silêncio.
Penso. Eu. Genuinamente penso,
então e o brilho ofuscante das opalas,
a música que nos convocava soprada das ocarinas,
o rebentar das bombas da China, a cinco escudos na moeda antiga.
Onde esses actos de esplendor,
e em que lugar a manta tecida com palavras quentes e beijos de avó.
Essa lamparina de azeite acompanhando a noite.
Para onde fugiu, afinal, a felicidade?