Para ontem

As tuas mãos ofuscam a claridade da água.

 

Turvos são os lugares onde tocam, podiam ser pedras

 

não fosse a circunspecta dádiva.

 

 

Faz anos que beijaste a descoberta do início.

 

E ontem, ontem mesmo, descobriste a gaveta sacra,

 

os silêncios de poeira fresca.

 

 

Sublimes são os dias mas apenas para quem não recorda.

 

Os fantasmas, viagem nas memórias de quem guarda

 

esse respirar solene das certezas.  

publicado por João Villalobos às 18:51 | link do post | comentar